Comissão de Saúde realiza audiência para discutir projeto de construção do novo Complexo de Saúde da Fhemig

Parlamentares e especialistas debatem detalhes da PPP que viabilizará novo hospital com 532 leitos, integrando quatro unidades da Fhemig e o Lacen/MG

SAÚDE PÚBLICA

12/9/20242 min read

A Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais (ALMG), presidida pelo deputado estadual Arlen Santiago, promoveu, na quarta feira, 4/12, uma audiência pública para discutir a parceria público-privada para estruturação e modelagem do novo Complexo Hospitalar da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), bem como o novo Laboratório Central de Saúde Pública de Minas Gerais (Lacen/MG).

A reunião contou com a participação da presidente da Fhemig, Renata Ferreira Leles Dias; a presidente da Federação das Santas Casas de Hospitais Filantrópicos de Minas Gerais (Federassantas), Katia Regina de Oliveira Rocha; e a Mestre em Ciências Farmacêuticas e Coordenadora da Divisão de Epidemiologia e Controle de Doenças (DECD) do Lacen/MG, Josiane Barbosa Piedade Moura.

Na audiência, foi apresentado o projeto, cronograma e custos do novo Complexo Hospitalar da Fhemig. A nova instalação vai abranger o serviço de quatro hospitais geridos pela Fundação: Hospital Infantil João Paulo II, Hospital Eduardo de Menezes, Hospital Alberto Cavalcanti e a Maternidade Odete Valadares, além de um laboratório central (Lacen), conjugado com um núcleo de ensino e pesquisa.

Composta por três prédios, a nova instalação contará com 532 leitos hospitalares, organizados em unidades especializadas, incluindo oncologia, infectologia, pediatria e maternidade/saúde da mulher. O parlamentar demonstrou sua satisfação com o projeto, que tem previsão para iniciar suas atividades em 2029. “A gente fica feliz de ver o investimento da Fhemig, destinando recursos para poder ter um grande hospital. Realmente, é um projeto muito bom”, afirma.


O novo complexo de saúde será construído a partir de uma parceria público-privada (PPP), que também ficará responsável por gerir os serviços não assistenciais. Os serviços de saúde continuarão sob a responsabilidade do Estado, e os atendimentos serão realizados integralmente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

O Deputado destacou a importância da escolha de uma PPP para a execução do projeto. De acordo com ele, ao realizar uma comparação entre um hospital público, um hospital particular e um hospital filantrópico, o custo de um hospital público será sempre maior. “Nós estamos buscando ideias que possam fazer com que esses hospitais públicos possam ter uma melhor gestão”, completou.

Os investimentos somam em torno de R$420 milhões. Durante a audiência, foi informado que cerca de R$153 milhões são provenientes de recursos federais do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Já os R$267 milhões restantes são oriundos do acordo judicial entre a mineradora Vale e o Governo de Minas Gerais, como parte da reparação pelos danos causados pelo rompimento da barragem da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho.


Ao fim da apresentação, o parlamentar ressaltou a importância do novo complexo para a saúde em Minas Gerais. “É uma ótima possibilidade, especialmente para que a Região Metropolitana de Belo Horizonte venha a ter um complexo hospitalar moderno, bem-feito, que realmente possa resolver os problemas. Essa estrutura representa um avanço necessário para melhorar o atendimento à população, oferecendo serviços de qualidade e ampliação do acesso à saúde no estado”, finalizou o Deputado.