Deputado Arlen Santiago faz alerta: câncer supera doenças cardíacas como principal causa de morte no Brasil
Presidente da Comissão de Saúde da ALMG defende diagnóstico precoce, prevenção e políticas públicas adaptadas à nova realidade epidemiológica
SAÚDE PÚBLICAOPINIÃO
10/18/20242 min read


O médico e deputado estadual Arlen Santiago, atual presidente da Comissão de Saúde, faz um alerta importante sobre a saúde pública no Brasil: em 727 municípios brasileiros, as mortes por câncer superam agora as provocadas por doenças cardiovasculares (DCV).
É o que revela o estudo realizado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), publicado na revista científica Lancet Regional Health – Americas, que indicou uma mudança expressiva nas causas de mortalidade no país ao longo das últimas duas décadas. No ano de 2000, apenas 366 municípios (7% do total) registravam o câncer como principal causa de morte; esse número subiu para 727 municípios (13%) em 2019, um aumento de quase 100%.
“Investir em campanhas de conscientização, na prevenção e em diagnóstico precoce é prioridade. O câncer não pode ser tratado apenas como um veredito, mas sim como algo que podemos enfrentar com informação e todos os cuidados adequados. Promover a educação na área da saúde é fundamental para salvar vidas. Por isso, precisamos agir rápido. Essa mudança de perfil de mortalidade é um sinal de alerta para todos nós”, afirma Arlen Santiago.
Como radioncologista atuante na Fundação de Saúde Dilson de Quadros Godinho, em Montes Claros, Santiago conhece de perto a realidade enfrentada pelos pacientes. O parlamentar tem se destacado por suas ações em defesa da saúde, promovendo iniciativas que informam a população sobre a importância de adquirir hábitos saudáveis e detectar precocemente o câncer. “Minha missão, como médico e presidente da Comissão de Saúde, é assegurar que todos tenham acesso a informações e serviços de saúde. Realizo frequentemente audiências públicas para discutir esse tema, buscando alternativas e soluções para aumentar o acesso da população aos serviços de saúde. Além disso, divulgo campanhas de conscientização sobre o câncer e trato essas questões no Minuto Saúde, um programa semanal em que falo sobre saúde nas minhas redes sociais”, complementou.
O estudo da Unifesp também sinaliza que o acesso desigual a cuidados de saúde, especialmente em municípios com menor desenvolvimento econômico, agrava a situação. Nesse quesito, o deputado Arlen destaca que é primordial que as políticas de saúde pública sejam adaptadas às realidades locais, de uma forma que garanta a todos acesso a tratamentos adequados e informações sobre prevenção.
Segundo a pesquisa, o desafio se torna ainda mais complexo com o aumento da expectativa de vida, o envelhecimento da população e a exposição a riscos como tabagismo, consumo de álcool, obesidade, sedentarismo e dietas inadequadas. Enquanto a mortalidade prematura por DCV caiu 29% entre 2000 e 2019, a mortalidade prematura por câncer aumentou em 9%. Esses dados indicam que o Brasil está bem abaixo das metas estabelecidas pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, que prevê uma redução de um terço da mortalidade prematura por doenças não transmissíveis até o ano de 2030.
Diante desse cenário, o estudo esclarece a transição epidemiológica, e também mostra a importância de uma abordagem integrada que considere fatores sociais, econômicos e de saúde.
“Não podemos desconsiderar a urgência da situação. A luta contra o câncer requer ações concretas, que começam com a prevenção e a conscientização da população. Sendo assim, podemos afirmar que o conhecimento é uma chave poderosa para ajudar a reduzir os índices da doença e, consequentemente, proteger vidas”, destaca Santiago.
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